Pezão quer ampliar trajetos de teleférico do Alemão

07/07/2011 - Agencia Brasil

O teleférico do Alemão, uma das mais aguardadas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Rio, mal foi inaugurado - com a presença da presidente Dilma Rousseff - e já vislumbra a possibilidade de ser ampliado em dois ramais, ligando a Igreja da Penha e as proximidades do Estádio João Havelange, conhecido como Engenhão. O novo sistema visa permitir o transporte de até 30 mil pessoas por dia.

A novidade foi divulgada nesta quarta pelo vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, que entregou ainda nesta quinta à Dilma os estudos para a extensão do sistema. “Eu quero levar o teleférico lá para a Igreja da Penha e também para os lados do Engenhão, próximo ao shopping center (Nova América, onde há estação de metrô)”, disse Pezão.

São seis estações, no total, que apresentam diferentes equipamentos sociais, como biblioteca, auditório, banco, postos do INSS, do Detran e dos Correios. O teleférico tem ainda 152 gôndolas, com capacidade para 10 passageiros. Os moradores do Complexo do Alemão ganham duas passagens gratuitas por dia. Os demais, devem pagar R$ 1 para viajar. A operação é realizada pela empresa de trens Supervia, que designou 50 funcionários para atender o sistema no início, chegando a 200 trabalhadores dentro de quatro meses, quando o teleférico começa a funcionar no horário pleno, das 6h às 23h.

Pezão disse que mais de 90% das obras do PAC das Favelas no estado estão concluídas. Segundo o Ministério das Cidades, foram repassados para a primeira fase do PAC no estado do Rio R$ 3 bilhões, com mais R$ 862 milhões em projetos já selecionados na segunda fase do programa (PAC 2).

O custo total do Teleférico do Alemão foi R$ 210 milhões. O funcionamento do novo meio de transporte se tornou possível com o processo de ocupação do complexo de favelas pelas forças policiais estaduais e federais e a expulsão dos criminosos que há décadas dominavam a região, que já foi considerada uma das mais violentas da cidade. O vice-governador do Rio admitiu que o sistema precisa ser subsidiado, mas disse que espera obter renda com o fluxo de turistas no futuro.