Teleférico do Alemão chega à marca de 6 milhões de visitantes

09/06/2013 - Rádio Itaperuna Gospel FM

O teleférico gera 160 empregos diretos e 110 indiretos, sendo 60% do quadro de funcionários composto por moradores do Complexo do Alemão.


Construído com o objetivo principal de facilitar a mobilidade dos moradores das comunidades do Complexo do Alemão, o Teleférico se tornou um cartão-postal do Rio de Janeiro e atrai cada vez mais turistas. Três anos antes do previsto, a marca de seis milhões de passageiros transportados foi batida. O recorde chega a um mês do Teleférico do Alemão completar dois anos de funcionamento.

Com uma média de 12 mil passageiros por dia, o primeiro transporte de massa por cabos do Brasil é um ícone. Além de facilitar o deslocamento de quem mora nas comunidades, ele caiu no gosto dos turistas por oferecer uma incrível vista do maior complexo de favelas da Zona Norte, da Igreja Nossa Senhora da Penha, do Cristo Redentor, Pão de Açúcar e Ponte Rio-Niterói. No dia 15 de dezembro do ano passado, foi registrado o recorde de passageiros transportados: mais de 19 mil embarques.

– O teleférico se consagrou como ícone de transporte e de turismo. As pessoas vão e divulgam muito. As nossas primeiras previsões se basearam no teleférico de Medelin e prevíamos alcançar a marca em 2016 – explicou o diretor de operações do Teleférico do Alemão, Luiz de Souza.

Depois de conhecer todos os tradicionais pontos turísticos do Rio na primeira visita, os estudantes alagoanos Rhary Oliveira, 22, e Juliana Rodrigues, 23, apostam em comunidades na segunda vinda à cidade.

– Queríamos passear no teleférico e conhecer uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). A gente vê pela televisão, mas não tem noção da dimensão. Ainda vamos visitar o Santa Marta e andar no plano inclinado – contou Rhary.

Moradores e guias turísticos

Para dar aos visitantes uma experiência completa do dia a dia das comunidades e da história do Complexo do Alemão, os turistas são guiados por moradores locais. O passeio de uma hora e meia custa R$ 29 e o estande da visita guiada fica na Estação Bonsucesso.

Há três dias no Rio de férias, o casal chileno Carlos Fernandez, 58 anos, e Maria Adela Araos, 57, quis ver ao vivo o que conheciam apenas pela televisão e cinema: uma favela. O Alemão foi escolhido por causa do teleférico.

– Estou impressionada. O passeio é muito agradável e conhecer essa realidade é incrível. É diferente de tudo o que eu imaginava que fosse – afirmou Maria.

Carlos contou que sempre imaginou que as comunidades do Rio fossem um lugar à parte.

– Quando via no cinema e na TV, pensava que elas ficassem em um setor, todas juntas, e não misturadas com a cidade – disse Carlos.

Meio de transporte democrático

O meio de transporte é democrático em todos os sentidos. Moradores cadastrados têm direito a duas passagens gratuitas por dia. Para visitantes que utilizam o Bilhete Único, Vale-Transporte ou Cartão Expresso, a tarifa custa R$ 1. Apenas as pessoas que adquirem a passagem diretamente nas bilheterias das estações pagam R$ 5.

A vista das comunidades já é a atração em si. Mas no fim de semana, os visitantes podem conferir a programação do evento “Estações Culturais”, projeto realizado pela SuperVia, em parceria com ONGs e grupos culturais do Complexo do Alemão. Aos sábados, as seis estações se transformam em palcos e recebem shows, apresentações de dança e oficinas. Tudo de graça.

Curiosidades do teleférico

Entre a última semana de 2012 e primeiro dia do ano de 2013, o Teleférico do Alemão transportou mais de 100 mil pessoas. De acordo com um levantamento feito pela SuperVia, concessionária que administra o transporte, cerca de 70% deste número era formado por turistas.

Nos dias úteis, 70% dos passageiros são moradores do Complexo do Alemão. Já aos finais de semana, 60% são não moradores.

O teleférico gera 160 empregos diretos e 110 indiretos, sendo 60% do quadro de funcionários composto por moradores do Complexo do Alemão.

O sistema tem 3,5 quilômetros de extensão e 152 gôndolas, com capacidade para transportar oito passageiros em cada uma delas.

A viagem da primeira estação (Bonsucesso) à última (Palmeiras) tem duração de 16 minutos.

Funciona de acordo com a seguinte programação: segunda a sexta-feira, das 6h às 21h e sábados, domingos e feriados, das 8h às 20h.

(*) Com informações da Ascom do RJ

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Fonte: Rádio Itaperuna Gospel FM