11/07/2012 - O Globo
Dos pilares do teleférico, oito já podem ser avistados num rápido passeio pelas ruas estreitas
RIO - Na Central do Brasil, milhares de pessoas entram na estação ferroviária e saem dela, alheias ou não às imensas estruturas de concreto e aço que surgem no terreno do velho camelódromo da Praça Cristiano Otoni, incendiado há pouco mais de dois anos. Ali do lado, no quarteirão delimitado pelo Terminal Américo Fontenelle e pela Rua Senador Pompeu, o trabalho é acelerado no canteiro de obras do programa Morar Carioca, para concluir as torres que sustentarão os cabos do teleférico do Morro da Providência. Ainda há muito o que fazer, mas a promessa, segundo a Secretaria municipal de Habitação, é que a obra esteja pronta até outubro e o equipamento entre em operação experimental nos 60 dias seguintes.
Dos pilares do teleférico, oito já podem ser avistados num rápido passeio pelas ruas estreitas do morro e dos dois lados da Providência. No canteiro ao lado da Central, duas torres metálicas já receberam os trilhos sobre os quais serão colocados os cabos de aço que transportarão as cabines. Outras duas torres, de concreto, estão sendo concluídas. No alto do Morro da Providência, dois grandes pilares já tomam a área da antiga Praça Américo Brum. Na Gamboa, na esquina das ruas Rivadávia Correa e Gamboa, atrás da Cidade do Samba, um pilar metálico já tem os trilhos, enquanto outro ainda está cercado de andaimes.
As três estações do sistema, que ficam nos mesmos terrenos dos pilares, ainda não começaram a ser erguidas. Mas, segundo o secretário municipal de Habitação, Jorge Bittar, o prazo será mantido, uma vez que as estações foram projetadas com estruturas em aço e alvenaria, de rápida execução.
A maioria dos pilares é feita de metal e as peças são confeccionadas no Rio. Já as estações, embora sejam três projetos distintos, serão de metal, alvenaria e vidro, o que acelera o processo construtivo garante Bittar.
O teleférico da Providência será fornecido pela empresa austríaca Doppelmayr, que inaugurou em junho passado uma linha suspensa de transporte sobre o Rio Tâmisa, em Londres. Segundo Bittar, inicialmente, a prefeitura vai operar o sistema, mas não está descartada a escolha de um operador terceirizado para o teleférico. A exemplo do sistema instalado no Complexo do Alemão, o da Providência também será gratuito para moradores.
Teremos um período de 60 dias de testes, antes que o teleférico entre em carga com passageiros diz Bittar.
As obras do teleférico da Providência fazem parte do projeto Morar Carioca, que inclui a reestruturação das rede de água, esgoto e drenagem da comunidade, além da remoção de famílias de áreas de risco, a abertura de ruas de acesso e a construção de um plano inclinado na escadaria de 165 degraus que leva ao cruzeiro do morro. Orçado em R$ 150 milhões, o programa começou a ser executado em fevereiro de 2011 e tem prazo de conclusão para o primeiro semestre de 2014.
A previsão é que 967 unidades habitacionais sejam erguidas pelo Morar Carioca na Providência, nos próximos dois anos. As primeiras 120 unidades habitacionais já começaram a ser construídas na Rua Nabuco de Freitas, nas imediações da Central do Brasil. Estão previstas ainda outras 50 unidades na Ladeira do Farias, também dentro do orçamento de R$ 150 milhões.
A prefeitura negocia ainda a desapropriação de dois terrenos na região para a construção de outras moradias pelo programa Minha Casa, Minha Vida. Num dos terrenos, na esquina das ruas do Livramento, da Gamboa e João Álvares, onde hoje há um casario antigo, deverão ser construídas 240 moradias; no outro, na Rua Audomaro Costa, a prefeitura pretende erguer 349 unidades.
Na Rua do Livramento, é um terreno da Unilever, onde centenas de pessoas viviam em cabeças de porcos. Na Audomaro Costa, é um estacionamento de ônibus. Estamos em processo final de aquisição desses terrenos. Os projetos estão prontos explica Bittar.
Os reassentamentos, argumenta o secretário, estão sendo feitos por múltiplas razões. Além da retirada de moradores de áreas de risco, como na localidade da Pedra Lisa, o projeto prevê a remoção de casas no trajeto das obras, como a do plano inclinado, e a abertura de ruas de acesso.
Dos pilares do teleférico, oito já podem ser avistados num rápido passeio pelas ruas estreitas
RIO - Na Central do Brasil, milhares de pessoas entram na estação ferroviária e saem dela, alheias ou não às imensas estruturas de concreto e aço que surgem no terreno do velho camelódromo da Praça Cristiano Otoni, incendiado há pouco mais de dois anos. Ali do lado, no quarteirão delimitado pelo Terminal Américo Fontenelle e pela Rua Senador Pompeu, o trabalho é acelerado no canteiro de obras do programa Morar Carioca, para concluir as torres que sustentarão os cabos do teleférico do Morro da Providência. Ainda há muito o que fazer, mas a promessa, segundo a Secretaria municipal de Habitação, é que a obra esteja pronta até outubro e o equipamento entre em operação experimental nos 60 dias seguintes.
Dos pilares do teleférico, oito já podem ser avistados num rápido passeio pelas ruas estreitas do morro e dos dois lados da Providência. No canteiro ao lado da Central, duas torres metálicas já receberam os trilhos sobre os quais serão colocados os cabos de aço que transportarão as cabines. Outras duas torres, de concreto, estão sendo concluídas. No alto do Morro da Providência, dois grandes pilares já tomam a área da antiga Praça Américo Brum. Na Gamboa, na esquina das ruas Rivadávia Correa e Gamboa, atrás da Cidade do Samba, um pilar metálico já tem os trilhos, enquanto outro ainda está cercado de andaimes.
As três estações do sistema, que ficam nos mesmos terrenos dos pilares, ainda não começaram a ser erguidas. Mas, segundo o secretário municipal de Habitação, Jorge Bittar, o prazo será mantido, uma vez que as estações foram projetadas com estruturas em aço e alvenaria, de rápida execução.
A maioria dos pilares é feita de metal e as peças são confeccionadas no Rio. Já as estações, embora sejam três projetos distintos, serão de metal, alvenaria e vidro, o que acelera o processo construtivo garante Bittar.
O teleférico da Providência será fornecido pela empresa austríaca Doppelmayr, que inaugurou em junho passado uma linha suspensa de transporte sobre o Rio Tâmisa, em Londres. Segundo Bittar, inicialmente, a prefeitura vai operar o sistema, mas não está descartada a escolha de um operador terceirizado para o teleférico. A exemplo do sistema instalado no Complexo do Alemão, o da Providência também será gratuito para moradores.
Teremos um período de 60 dias de testes, antes que o teleférico entre em carga com passageiros diz Bittar.
As obras do teleférico da Providência fazem parte do projeto Morar Carioca, que inclui a reestruturação das rede de água, esgoto e drenagem da comunidade, além da remoção de famílias de áreas de risco, a abertura de ruas de acesso e a construção de um plano inclinado na escadaria de 165 degraus que leva ao cruzeiro do morro. Orçado em R$ 150 milhões, o programa começou a ser executado em fevereiro de 2011 e tem prazo de conclusão para o primeiro semestre de 2014.
A previsão é que 967 unidades habitacionais sejam erguidas pelo Morar Carioca na Providência, nos próximos dois anos. As primeiras 120 unidades habitacionais já começaram a ser construídas na Rua Nabuco de Freitas, nas imediações da Central do Brasil. Estão previstas ainda outras 50 unidades na Ladeira do Farias, também dentro do orçamento de R$ 150 milhões.
A prefeitura negocia ainda a desapropriação de dois terrenos na região para a construção de outras moradias pelo programa Minha Casa, Minha Vida. Num dos terrenos, na esquina das ruas do Livramento, da Gamboa e João Álvares, onde hoje há um casario antigo, deverão ser construídas 240 moradias; no outro, na Rua Audomaro Costa, a prefeitura pretende erguer 349 unidades.
Na Rua do Livramento, é um terreno da Unilever, onde centenas de pessoas viviam em cabeças de porcos. Na Audomaro Costa, é um estacionamento de ônibus. Estamos em processo final de aquisição desses terrenos. Os projetos estão prontos explica Bittar.
Os reassentamentos, argumenta o secretário, estão sendo feitos por múltiplas razões. Além da retirada de moradores de áreas de risco, como na localidade da Pedra Lisa, o projeto prevê a remoção de casas no trajeto das obras, como a do plano inclinado, e a abertura de ruas de acesso.